14 de março de 2011

Um filme lindo!

Olhando essa imagem, minha mente, automaticamente se reportou ao filme “Amor Além da Vida”. Filme que olhei inúmeras vezes e que indico pois é uma  preciosidade. Você já viu? Não? Então dá uma espiadinha nas informações abaixo e assim que possível, olhe.

Leia a crítica de Régis Diogo, do cinemacomrapadura.com, logo abaixo:

Vida após a morte é algo grandioso, muito difícil de se transpor para as telas, e poucos cineastas conseguem realizar bem esta tarefa. Mas quando se fala de amor após a morte, como são longos seus caminhos para chegar nele e que o paraíso é o que sempre sonhamos, suas exatas imagens, o tornam ainda mais complicado. E foi isso que fez deste filme uma nova experiência para todos espectadores. A grandiosidade das cenas, a magia, e a possibilidade de você ser feliz para sempre, em qualquer lugar e tempo. O tempo voa, a emoção e a intensidade afloram em seu rosto, a magnitude e o drama são experimentados, parecendo que
você faz parte da obra envolvente. É um grande filme.
Vincent Ward conseguiu isso, mesmo sendo um diretor desconhecido, executou um fabuloso filme, agregou excelentes visões de como seria o céu e o inferno…Que a vida mesmo acabando no plano físico, ela permanece no plano espiritual, e que ela pode ser melhor ou pior. Com boas sacadas, e boa condução de câmera ele dá uma boa perspectiva que é ajudado pela tecnologia. Os bons focos durante o filme permitem que nós entendamos bem os sentimentos das personagens. Com grande prazer se é visto a estratégia de busca, e amor puro e platônico na tela, o filme não cai nos clichês do gênero. Uma grande vantagem para com os "rivais".
Robin Williams é um médico que sofre um acidente e morre. Sua bela esposa Annie (Annabella Sciorra) perturbada com a morte de seus filhos se abala mais ainda com a morte de Chris (Williams) e se suicida. Este é o ponto de partida. A partir daí, o filme cai num grande obstáculo para salvá-la. Contando com a ajuda de Max Von Sydow e Cuba Gooding Jr., o filme se desenrola para o abismo de tensões que acontecerá. O que acontecerá? Chris conseguirá atingir seu objetivo? Mas essa não é a real intenção de Ward, ele quer mostrar como a fervura de um amor é capaz de transcender barreiras, não importando qual seja, e é isso que Chris faz por Annie. Esse é o verdadeiro amor, onde uma pessoa faria de tudo pela outra, até cruzar o inferno e enfrentar diversos desafios.
O filme não se destaca pelas atuações, tendo atuações singulares, porém razoáveis – com exceção de Williams em um dos seus melhores papéis de sua carreira, com carisma e sensibilidade, e mesmo não sendo um galã,
um dos grandes papéis românticos que eu já vi, e Max Von Sydow, sempre em ótima forma, sendo o mais convincente possível, tendo atuações assim somente em "Pelle – O Conquistador" e "Minority Report" – e sim pelo enredo que prende você a tela, pelo belíssimo visual e pela grande quantidade de emoção que transpassa da tela para o espectador. Pois Annabella Sciorra é uma atriz um pouco fria, o que a torna algo distante e não tão envolvente quanto Williams, e Cuba Gooding Jr. é ator de momento, são poucas suas interpretações realmente boas, na maioria das vezes está um canastrão, e não é nesse filme que isso foge à risca.
O filme é um pouco irregular, mas nada que estrague o desempenho deste filme único, sendo um dos meus preferidos. Tecnicamente o filme é perfeito, com um belo cenário, e excelentes efeitos visuais (a cena em que Williams corre pelas flores da pintura de Monet é umas das cenas mais emocionantes do filme… e tudo isso se dá aos belos efeitos ganhadores do Oscar) que merecem uma atenção redobrada, é um dos grandes achados do filme, que se mostra mais belo visualmente que muito filme de fama e renome. A fotografia principalmente, e a trilha sonora também se destacam bastante. A singularidade das cenas, adicionada a brilhantes atuações e cenários faz este um dos melhores filmes da década.
Este filme que fez muito sucesso de bilheteria nem de crítica e foi totalmente subestimado, tendo pouco reconhecimento. Infelizmente a Academia não aprecia filmes com essas temáticas menos convencionais, ainda mais se na mesma década já havia indicado "Ghost – Do Outro Lado da Vida" a diversos Oscar em 1990, inclusive Melhor Filme. Não que se assemelhem, o enredo é completamente diferente um do outro, mas suas temáticas mostrando vida e amor após a morte é a base dos dois filmes, mesmo que Amor Além da Vida seja muito superior em tudo em relação a "Ghost". Mesmo assim, pegou duas indicações ao Oscar: Melhor Direção de Arte e Cenário e Melhores Efeitos Visuais (que ganhou).
Eu recomendo este belíssimo filme, que emociona em muitas cenas, e reascende a chama do amor perante a uma pessoa, pois mostra que mesmo ao fim da vida ela continuará, não importa o que aconteça esse amor e paixão durará mais que tudo. Maravilhoso!




Nenhum comentário: