Esteriótipos ao molho mostarda

Há algum tempo eu percebi que estou exausta de ser quem eu não sou. E estou, a cada dia que passa, aceitando-me como eu realmente, ou melhor, como meu corpo é.

Desde a minha adolescência, confesso que luto contra as gordurinhas localizadas e aquela “pancinha” que todas nós odiamos. Eu me achava feia e queria ser como todas as minhas amigas eram: magras e esbeltas, lindas, como as moças da televisão.

Depois de me mudar para Santa Catarina, eu perdi o controle e cheguei à conclusão de que eu nunca havia sido gorda. Eu apenas era maior que as minhas amigas. Engordei muitos e muitos quilos, parei de entrar em calças tamanho 38 e em blusas tamanho M.

Hoje, um ano depois de eu ter permitido tudo isso acontecer com meu corpo, eu percebi que eu nunca vou ser a Gisele Bündchen ou a Miranda Kerr. Meu corpo não nasceu para seguir os padrões de beleza atuais. Eu, como brasileira e assumidamente gordinha, não irei caber nas roupas dessas beldades nunca.

Cansei de ser preconceituosa comigo mesma. Cansei de deixar de comprar roupas lindas porque acho que não ficarão bem em mim. Cansei de tentar me encaixar nos estereótipos da sociedade, sendo que eu não nasci assim. E vejo muitas meninas e mulheres sofrendo para serem essas modelos de passarelas – que geralmente são magras porque nasceram assim e não porque passam fome, fazendo dietas malucas -, e isso está totalmente errado.

Óbvio que alguns quilinhos a menos não me deixariam chateada. Acontece que eu, apenas, não irei deixar de me satisfazer para ficar mais bonita aos olhos dos outros. Nós temos de nos sentir assim todos os dias!

Entendam, eu jamais incentivaria a obesidade e coisas do tipo; estou há um tempo sem academia e sinto muito a falta dos exercícios diários. Antes de qualquer coisa, sendo fofinha ou não, devemos ser saudáveis. Mas não permitam que a televisão diga quem vocês devem ser.

Eu sou linda do jeito que eu sou. E vocês são tão lindas quanto.

Beijos, Carol (: